Crianças brincavam na rua, parecia um dia como qualquer
outro, cidade do interior calma como sempre uma tarde o sol já estava perto de
se pôr e dar seu lugar para a luz da lua e das estrelas e Thiago saia de casa
com uma mochila, pensava em como o último ano foi o pior de todos, Bete sua mãe
ficou depressiva depois que o marido dela morreu. Ela se viciou em drogas, não
parava em casa e quando parava só reclamava e batia no filho que sofria calado,
todas as noites Thiago chorava sem parar mas o choro não era uma solução, ele
sabia disso, por um motivo que nem ele sabe só as piores coisas aconteciam e
ele chorava ate ir dormir pensando como a vida dele era ruim, mas atualmente ele
não chorava mais, a tristeza dele não acabava mais em lágrimas, ele tinha um
ódio por dentro uma coisa que nem ele sabia explicar, um sentimento sem nome. Thiago com apenas 14 anos presenciava isso
tudo, apesar das coisas pelo qual passava ele era um jovem normal com sonhos e
amigos, preocupado com o futuro e com o presente mas as vezes o passado de Thiago
vinha o assombrar. O dia de Thiago era um pior do que o outro, saia para a
escola cedo lá era seu refugio, passava o dia lá só observando o quanto amava
Alexia, uma menina alta de olhos azuis que estudava com ele, ela também
admirava Thiago que quando ninguém sabia as respostas ele era o único que
levantava a mão dando orgulho para os professores, e como ele falava me
público, o problema é que ela achava que ele era bom o bastante para ela. Ele
observava outros colegas muito sorrindo “Devem ter uma ótima vida” pensava ele,
a noite, quando ele voltava da escola podia esperar tudo da mãe dele, ou estava
em casa chorando e reclamando de tudo ou na rua usando drogas e assim foi seu
último ano mas hoje não seria assim, hoje seria diferente ! Ele já não
aguentava mais. O Jovem foi para um lugar afastado, tirou a corda da mochila,
Fez um laço amarrou em uma árvore e com seu pescoço na corda pensou “Todos nós
temos problemas mas, cabe só a você ser mais forte que eles, eu sou fraco. Há
um lugar melhor depois daqui, bem, deve haver” e pulou da pedra deixando ali
seu corpo preso a corda, agora Thiago era só mais um corpo em meio a milhões de
casos e logo mais alguém acharia ele, ou não. Com a alma de Thiago se foi o
sol, mas a vida das outras pessoas continuo e as crianças continuavam brincando
na rua.
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