Texto: O Circo

terça-feira, 1 de julho de 2014

Esse é um texto do desafio Poem a day que acabou ontem (Chorando) que me rendeu bons textos e aprendizados, se você não sabe o que é esse desafio > Poem a day < se você queria participar e não conseguiu, calma, ainda resta esperanças, próximo semestre vai ter uma nova geração do desafio e eu venho avisar a vocês.

O Circo

Os relógios anunciam que o espetáculo já vai começar, a plateia vibra quando chamam a primeira apresentação, o mágico que tem seus velhos truques de tirar o coelho da cartola inova com um truque de transformar um lenço em um pombo a plateia vibra, todos os outros membros do circo estão atrás da cortina tensos como se fosse a primeira vez, mas cansados de repetir o mesmo em todas as cidades. O que a plateia não sabe é que o mágico chegou ao circo quando tinha acabado de se divorciar e deixou tudo para trás, a família agora era o circo, sua casa era essa.

Quando o mágico frustrado acaba de fazer seus truques é a hora da menina do bambolê, ela tem 12 anos e ela consegue girar 30 bambolês de uma só vez, particularmente não acho grande coisa, mas essa nasceu no circo (literalmente), filha do dono com uma dançarina que brigaram e ela sumiu do circo alguns anos depois. Digamos que não é a melhor vida para uma menina de 12 anos, andar com um monte de adultos e não ter escola ou amigos (Algumas bailarinas dão aula a ela, mas não é o mesmo que a escola).

Agora é o numero que os marmanjos adoram, as bailarinas começam a dançar e os homens gritam, algumas chegaram aqui por espontânea vontade, outras estavam cheias de onde viviam, mas o que importa é que essa agora é a vida delas.

Depois de alguns números chega a minha vez, todos esperam para me ver e tentar esquecer os problemas dando gargalhada, sou o palhaço. Cheguei no circo fugitivo da polícia após um incidente que prefiro nem lembrar, consigo animar a plateia com piadas e histórias fracassadas inventadas, a plateia cai na gargalhada quando simulo um tropeção no palco e o espetáculo é um sucesso.

Por fim tem os homens que trabalham para erguer a estrutura do circo, que cuidam dos sons, que ficam na entrada, que anunciam o circo na cidade, que vendem a pipoca por um preço três vezes maior e alguns outros que chegaram ao circo por suas vidas derrotadas, ou não.

A vida no circo não é fácil, mas quando chega os aplausos é uma alegria maior que qualquer passado triste.

2 comentários:

  1. Parabéns, gostei do seu texto, você tem jeito pra escrita.
    Abraços.
    http://www.marcasliterarias.blogspot.com.br/

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